segunda-feira, 23 de março de 2015

Encontro Territorial do P1+2 reúne agricultores e agricultoras de Teixeira, Matureia e Imaculada

Jéssica Freitas 
Comunicadora Popular/CEPFS



Nos dias 19 e 20 de Março, agricultores e agricultoras se reuniram na área experimental do Centro de Educação Popular e Formação Social (CEPFS), localizada na comunidade Riacho das Moças, em Matureia, para o Encontro Territorial do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). Estiveram presentes, representantes de comunidades rurais dos municípios de Imaculada, Teixeira e Matureia, que conquistaram implementações através do programa.

Durante o encontro, os participantes apontaram avanços, desafios e perspectivas sobre o P1+2, o coordenador José Rego Neto, realizou uma apresentação do trabalho desenvolvido pelo CEPFS e sua missão enquanto entidade comprometida com ações práticas e educativas para a convivência com a realidade semiárida. Em seguida, a estrutura e organização de execução do programa, apontando dados de implementações nos municípios.

O agricultor Damião, (Abelha) ficou satisfeito com a apresentação detalhada de números de implementações nos três municípios de atuação. “Não sabia que existiam tantas implementações. Hoje eu posso dizer que saio daqui sabendo muito mais do que quando cheguei”, comentou Damião Mendonça, presidente da associação na comunidade Costa, em Teixeira.

O caráter produtivo, que acompanha a implementação das famílias agricultoras foi um ponto em destaque no encontro. O CP tem o objetivo de potencializar a produção das famílias através da construção de estruturas como um galinheiro, um canteiro econômico ou uma pocilga.

O encontro territorial também teve caráter avaliativo, os agricultores e agricultoras apresentaram suas opiniões sobre a execução e a importância do P1+2 para suas comunidades e municípios. Os avanços foram superiores aos desafios, o que é um aspecto considerado positivo para uma avaliação da execução do programa.









terça-feira, 17 de março de 2015

Com cisternas e barreiros cheios, agricultores comemoram a chegada das chuvas em Imaculada

Jéssica Freitas 

Comunicadora Popular/CEPFS




A água do barreiro já serve para matar a sede dos animais



De acordo com informações da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), desde o início de março de 2015 foram registradas chuvas de aproximadamente 115 mm no município de Imaculada, sertão paraibano. A chegada das chuvas renova as esperanças dos agricultores e agricultoras que aguardam para iniciar as plantações.

Somente no último termo de parceria do Programa Uma Terra e Duas Águas -P1+2, iniciado em abril de 2014, foram construídas 101 implementações entre Barreiros-Trincheira, Cisternas Calçadão e Cisterna de Enxurrada no município. Com as implementações cheias, o clima é de pura alegria.

Na comunidade Riacho dos Negros, os agricultores Maria do Socorro Leite e Edmam Alves, conquistaram um Barreiro-Trincheira. Pouco tempo depois da construção, eles já comemoram a reserva de água concentrada na última chuva. O agente de campo Erivan dos Santos, fala sobre a satisfação dos agricultores ao ver sua implementação com bastante água. “Recebi uma ligação às 9h da noite, do agricultor Edmam, falando da satisfação pelo fato de ter juntado água no Barreiro, água essa, que já está servindo para matar a sede da sua pequena criação de bovinos”, relata.

Os agentes de campo exercem um importante papel nas instituições no que diz respeito a formação e a motivação das famílias. Seu trabalho vai além da mobilização social e acompanhamento das construções das implementações físicas. Diariamente, eles percorrem as comunidades conhecendo a realidade de cada agricultor e levam consigo experiências únicas de gratidão e de aprendizado.


quarta-feira, 4 de março de 2015

Agricultores e Agricultoras visitam experiência com Agrofloresta em São José do Sabugi - PB

Jéssica Freitas 

Comunicadora Popular/CEPFS


Comunidade Penedo - São José do Sabugi-PB
Em 26 e 27 de Fevereiro, agricultores e agricultoras de Imaculada (PB), que conquistaram implementações do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), participaram de visita de intercâmbio a propriedade da família do agricultor Iranildo, na comunidade Penedo, município de São José do Sabugi, na Paraíba.

Eles visitaram experiência de plantio de árvores nativas em consórcio com culturas agrícolas em torno da Barragem Subterrânea, sistema denominado Agroflorestamento. No local, foram adotadas ainda várias técnicas como a cerca viva, utilizando a palma e o pião. “Optamos por essa outra modalidade de palma, que é mais resistente a estiagem. O pião serve ainda de sustento, pois a palma cresce no seu entorno”, explica Iranildo.

A família plantou uma grande quantidade de pés de acerola, que são irrigadas através de gotejamento. Na boca dos canos, foram colocadas tampas de garrafas pets que regulam a saída da água de acordo com a necessidade das plantas. As frutas garantem uma produção durante todo o ano e geram renda através do acesso ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Seu Inácio, Dona Fátima, pais de Iranildo, apostaram junto com ele na comercialização de polpas de frutas que são produzidas em casa, em máquinas de beneficiamento adquiridas pela família.

Os agricultores e agricultoras conheceram ainda, a produção de mudas nativas, como o Trapiá e a Gliricídia, e frutíferas como a Acerola e o Maracujá, que são comercializadas e também trocadas com famílias que visitam a propriedade. As experiências da família são um exemplo de alternativa de convivência para as demais propriedades. Ao longo do entorno de casa, podem ser encontrados pés de Calaçu, Sabonete, Canafista e Carnaúba.

Uma das experiências que mais encantaram os visitantes foi a técnica de reaproveitamento de águas servidas. Foram enterrados pneus que servem de valas e impedem que a água se espalhe pela propriedade, fazendo uma impermeabilização. Ela é redirecionada para as fruteiras.

A criação animal também é mantida de forma sustentável e diversificada. São criados bovinos, aves e ovinos. O esterco animal é reaproveitado para adubar as árvores, que por sua vez, tem a folhagem utilizada na compostagem do solo e na produção de silagem para alimentar os animais. “Muitos agricultores não dão a importância devida ao esterco animal de suas propriedades, acabam vendendo para o comércio e perdem uma grande riqueza de adubo para suas hortas e outras plantações”, comentou Iranildo.

terça-feira, 3 de março de 2015

Famílias beneficiadas com a tecnologia Sistema de Boia se reúnem em oficina sobre produção agroecológica

No dia 26 de fevereiro, o Centro de Educação Popular e Formação Social (CEPFS), realizou em sua área experimental, no sítio Riacho das Moças, Maturéia, uma oficina sobre Produção Agroecológica.  A atividade contou com a participação de famílias beneficiadas com a tecnologia Sistema de Boia para Lavagem do Telhado, pelo projeto Agroecologia Gerando Renda e Promovendo Cidadania na Serra de Teixeira, patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental.

Na oportunidade, os beneficiários discutiram sobre a importância do Sistema de Bóia para a garantia de água de qualidade para o consumo humano. Também trocaram idéias de como pretendem utilizar a água quem lava o telhado, armazenada no reservatório. A fim de reforçar a importância do Sistema de Bóia foi exibido o vídeo “Convivência com a Realidade Semiárida Promovendo o Acesso a Água Solidariedade e Cidadania”, que mostra o funcionamento e a utilidade da tecnologia.

Durante a oficina enfatizou-se sobre a Agroecologia a fim de perceber o entendimento dos participantes. Nas falas agricultores e agricultoras evidenciaram que desenvolvem práticas agroecológicas em suas propriedades e que o projeto veio reforçar estas iniciativas.

O estudante do curso técnico em Agroecologia, José de Souza Leite Junior, falou de sua compreensão “praticar a Agroecologia é imitar o que a natureza faz. Não vemos a natureza destruindo ela própria!” Destacou. A partir das intervenções dos participantes concluiu-se que praticar a Agroecologia é produzir alimentos de forma natural e sustentável.

Discutiu-se também sobre os cuidados com os arredores de casa, enfatizando sobre o descarte e aproveitamento do “lixo” doméstico. Os presentes falaram sobre as estratégias de aproveitamento dos resíduos sólidos, dentre os exemplos citados destaca-se: a utilização de garrafas pet para construção e plantio de canteiros, como também para armazenamento de água e sementes.

Sobre a comunicação do projeto Agroecologia Gerando Renda e Promovendo Cidadania na Serra Teixeira foi esclarecido sobre as atividades e materiais de comunicação que estão propostos no projeto.  Neste momento foram mostrados calendários e agendas, que foram produzidos com a intenção de divulgar as experiências bem sucedidas de famílias apoiadas pelo projeto. Alguns participantes que tiveram suas experiências divulgadas nos materiais ficaram bastante satisfeitos ao verem suas fotos divulgadas.

Ao final da atividade, durante o momento de avaliação, o agricultor Sebastião Martins (86 anos) da comunidade Riacho Verde, Teixeira, falou sobre a importância dos projetos voltados para a promoção da melhoria da qualidade de vida dos sertanejos e lembrou momentos difíceis vivenciados nos períodos de estiagens. “Antigamente na época da estiagem as pessoas se reuniam em mutirão para cavar cacimbas, mas a água não era de boa qualidade, sapos e guarás tinham acesso a água. A chegada de projetos como este facilitou e melhorou muito a vida de quem mora nessa região”, relatou o agricultor.

A oficina foi encerrada com a entrega de agendas e calendários para os participantes que também solicitaram os referidos materiais para  presentear parentes e amigos de suas comunidades.

Para Adailson Vital, agente educador, a participação de pessoas de diferentes faixas etárias na oficina foi bastante positiva: “tivemos a participação de jovens, adultos e idosos. Essa diferença de faixa etária propiciou um momento rico de troca de conhecimento e experiências entre os participantes”. Concluiu