quarta-feira, 24 de novembro de 2010

UM DEDO DE PROSA ouviu também Maria de Lourdes Ferreira(Coquinha) – Sócia da Associação Comunitária de Fava de Cheiro

Essa foi a primeira festa da mandioca que participei. Achei bastante importante, principalmente porque proporcionou um momento de integração entre as famílias da nossa comunidade e de comunidades vizinhas. Considero também ter sido um espaço de formação onde tivemos a oportunidade de aprender um pouco mais sobre a cultura da mandioca e a importância que a mesma representa para a agricultura familiar. Espero que possamos continuar com essa festa nos próximos anos, isso fortalecerá a nossa comunidade e as possibilidades de manteremos uma tradição.

UM DEDO DE PROSA ouviu IOLANDA SILVA – Presidente da Associação Comunitária de Fava de Cheiro sobre a importância da festa da mandioca

Vejo que a Festa da Mandioca só veio fortalecer a nossa comunidade, serviu, sobretudo, para que possamos avançar ainda mais, em termos de desenvolvimento, principalmente, através do resgate da cultura da mandioca. Essa festa, para mim, é, inclusive, uma oportunidade de um despertar na juventude sobre a importância da agricultura familiar, tendo em vista, que grande parte dos jovens de hoje não valorizam a agricultura como deveriam e a festa da mandioca se propõe a ser esse elo de resgate e valorização da agricultura enquanto estratégia de desenvolvimento para o homem do campo. Avalio que, apesar do empenho e participação das famílias da nossa comunidade, a realização da festa da mandioca só é possível graças aos apoios recebidos, dentre eles destaco o apoio do CEPFS que, desde a primeira edição da festa vem contribuindo para a sua realização. Na minha opinião, o apoio do CEPFS vai além do financeiro, nos ajuda a pensar a própria realização da festa a partir do processo educativo que participamos durante todo o ano.

CEPFS APOIA A REALIZAÇÃO DA IV FESTA DA MANDIOCA NA COMUNIDADE FAVA DE CHEIRO


Aconteceu nos dias 20 e 21 de novembro, na comunidade Fava de Cheiro – Teixeira-PB, a IV edição da Festa de saberes e sabores da Mandioca. A referida festa tem como principal objetivo estimular o resgate e a preservação da cultura da mandioca, enquanto produto agrícola que contribui com o fortalecimento da agricultura familiar. A programação constou de várias iniciativas, dentre elas destacam-se: celebrações, apresentação de grupos de danças, concurso da rainha mirim da mandioca, realização de bingo e muito forró pé de serra. Um dos pontos fortes da festa foi a feira saberes e sabores da mandioca onde os visitantes puderam tomar conhecimento do receituário e degustar diversos pratos derivados da mandioca. Segundo a organização do evento, estima-se que aproximadamente 600 pessoas de Fava de Cheiro, comunidades vizinhas, bem como da sede do município, tenham visitado a festa durante a sua realização.

UM DEDO DE PROSA ouviu o estudante José Edmar do nono período de Engenharia Florestal que comentou sobre suas percepções após a visita.

Vejo que todas essas iniciativas desenvolvidas nesta área são de fundamental importância, sobretudo, porque permitem um aprendizado para o homem do campo no tocante ao manejo adequado dos recursos naturais, permitindo assim que se possa viver dignamente na região semiárida, evitando com isso o êxodo rural. Pode-se perceber nesta visita que várias experiências estão dando certo, principalmente, na captação e manejo de água de chuva e recuperação do solo. Podemos dizer que são iniciativas que somadas geram um processo de desenvolvimento em agroecologia. Avalio que hoje estamos quebrando essa barreira que existia entre a Universidade e as experiências produzidas por outros setores da sociedade; estamos, de certo modo, se aproximando destas experiências e do próprio homem, isso nos traz um aprendizado muito grande. Acho extremamente positiva essas iniciativas desenvolvidas pelas ONGs, e o CEPFS, na nossa região, é um belo exemplo disso. A experiência desenvolvida pelo CEPFS em sua área experimental serve para reafirmar que a nossa região semiárida é detentora de um potencial muito grande e que é plenamente possível viver de forma digna e sustentável. Enquanto estudante do curso de engenharia florestal, avalio de fundamental importante pensarmos o desenvolvimento da nossa região de forma conjunta, onde universidade e as experiências que estão sendo construídas pela sociedade civil possam dialogar e construir coletivamente esse desenvolvimento.

ESTUDANTES DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL DA UFCG VISITAM ÁREA EXPERIMENTAL DO CEPFS


Estudantes do Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, coordenados pela professora Alana da disciplina de Extensão Rural, visitaram a área experimental do CEPFS, na comunidade Riacho das Moças – Maturéia-PB. A visita aconteceu no dia 22 de novembro e teve como principal objetivo aproximar estudantes do curso de engenharia florestal com as experiências práticas de convivência com a realidade semiárida que estão sendo desenvolvidas por organizações da sociedade civil.

A professora Alana falou sobre a importância de se ter uma parceria entre esse tipo de projeto/ações e a Universidade.

É possível a Universidade pensar no desenvolvimento de atividades que contribua com o público beneficiário do CEPFS, sobretudo no que se refere ao manejo das propriedades rurais. Acho importante a Universidade se aproximar, cada vez mais, destas experiências que detém o saber empírico e, ressalto que a UFCG tem plenas condições de agregar, a esse conhecimento, o saber técnico que detém e que até hoje é muito pouco utilizado nesse sentido. Um dos aspectos importantes do ponto de vista pedagógico desta experiência, é que a mesma é apresentada como uma amostra, a reaplicabilidade das experiências desenvolvidas depende da sensibilidade e potencial das famílias e comunidades que a visitam. Vejo como imprescindível o envolvimento de professores, técnicos e até os políticos da região no sentido de dinamizar, cada vez mais, essa experiência. Acho que a experiência desenvolvida pelo CEPFS em sua área experimental é bastante favorável para que estudantes da UFCG realizem suas teses de mestrado e, nesse contexto, se comprometeu a estimular a própria universidade e os estudantes a exercitarem essa prática.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O CEPFS CONCLUIU A IMPLANTAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS PILOTO EM COMUNIDADES RURAIS NO MUNICÍPIO DE CACIMBAS!


O Centro de Educação Popular e Formação Social – CEPFS, em parceria com a Central das Associações Comunitárias do Município de Cacimbas e Região CAMEC, concluiu, no último dia 06/novembro, um projeto piloto de implantação de 05 sistemas de boias e 05 bombas d’água trampolim nas comunidades rurais: Jardim, São Sebastião, Serra Feia, Cipó e Fundamento de Cima. São tecnologias sociais, de custo acessível que permitem maior qualidade da água captada da chuva, armazenada nas cisternas para o consumo humano. O sistema de boia, por exemplo, permite que a primeira parte da água das chuvas não vá para as cisternas e sim para um pequeno reservatório que fica ao lado da cisterna construído a partir do dimensionamento do telhado. Depois do telhado limpo é que é acionada uma boia que fica na parte interna da tubulação e, a água limpa, passa a tomar a direção da cisterna. Com a bomba trampolim as famílias terão mais facilidade no processo de coleta de água das cisternas, evitando contaminação. Espera-se que essa iniciativa, piloto, possa motivar outras famílias a buscarem apoio para implantar em suas cisternas essas tecnologias sociais como ferramentas que facilitam o processo de manejo da água captada da chuva, garantindo mais qualidade que, por sua vez, terá impacto na qualidade de vida a partir de melhores condições de saúde.