O Plenário do Tribunal de Contas da União confirmou a medida cautelar
determinada pelo ministro Benjamin Zymler para que a Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) suspenda o
pregão com vistas ao fornecimento, transporte e instalação de cisternas em
polietileno para acumulação de água de chuva, visando o abastecimento de
comunidades rurais nos Estados de Alagoas, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Ceará e
Goiás. A decisão do Plenário do TCU foi no dia 07 de agosto e atinge mais de 50
cidades do Piauí que receberiam ao todo 29.088 cisternas.
A licitação estava sendo conduzida pela Codevasf em Brasília. Divida em três itens, o valor global foi estimado em R$ 600 milhões na compra de 187.495 cisternas. Cinco empresas disputavam o item que envolve o Piauí e o Ceará (Fortlev, Dalka, Consórcio Capricórnio, COMPECC e GL Teixeira, que foi desclassificada).
Além do material das cisternas, um tipo de plástico, o valor unitário de quase R$ 5,9 mil é bastante criticado por entidades como a Cáritas Brasileira, que já tem experiência na assistência às famílias que sofrem com a seca. A Cáritas garante que as antigas cisternas de placas de concreto custam, em média, R$ 2,5 mil.
O TCU também recebeu a denúncia de que o valor cobrado por cada material licitado estava 24% mais caro do que foi cobrado em outras licitações do DNOCS e da própria Codevasf.
O calor do semi-árido seria o principal inimigo dessas cisternas. Elas já apresentaram defeitos em várias localidades. No Piauí mesmo, elas já deram dor de cabeça nos agricultores e foram destaques até no programa Globo Rural.
Como justificativa para a escolha dessas cisternas de polietileno, a Codevasf disse que elas duram uns 20 anos, precisam de uma escavação rasa, além de pesquisa da Embrapa constatando um percentual de 44% de contaminação nas cisternas de concreto.
Agora, as empresas serão chamadas a darem explicações e a Codevasf precisa convencer os ministros do TCU de que essa é maneira mais viável e econômica para os cofres públicos. Caso contrário, o edital da licitação será anulado completamente.
Repórter:Aquiles Nairó
A licitação estava sendo conduzida pela Codevasf em Brasília. Divida em três itens, o valor global foi estimado em R$ 600 milhões na compra de 187.495 cisternas. Cinco empresas disputavam o item que envolve o Piauí e o Ceará (Fortlev, Dalka, Consórcio Capricórnio, COMPECC e GL Teixeira, que foi desclassificada).
Além do material das cisternas, um tipo de plástico, o valor unitário de quase R$ 5,9 mil é bastante criticado por entidades como a Cáritas Brasileira, que já tem experiência na assistência às famílias que sofrem com a seca. A Cáritas garante que as antigas cisternas de placas de concreto custam, em média, R$ 2,5 mil.
O TCU também recebeu a denúncia de que o valor cobrado por cada material licitado estava 24% mais caro do que foi cobrado em outras licitações do DNOCS e da própria Codevasf.
O calor do semi-árido seria o principal inimigo dessas cisternas. Elas já apresentaram defeitos em várias localidades. No Piauí mesmo, elas já deram dor de cabeça nos agricultores e foram destaques até no programa Globo Rural.
Como justificativa para a escolha dessas cisternas de polietileno, a Codevasf disse que elas duram uns 20 anos, precisam de uma escavação rasa, além de pesquisa da Embrapa constatando um percentual de 44% de contaminação nas cisternas de concreto.
Agora, as empresas serão chamadas a darem explicações e a Codevasf precisa convencer os ministros do TCU de que essa é maneira mais viável e econômica para os cofres públicos. Caso contrário, o edital da licitação será anulado completamente.
Repórter:Aquiles Nairó
Publicado orginalmente Por: Apoliana Oliveira