O
Centro de Educação Popular e Formação Social – CEPFS, no ano de 2010 conquistou
o segundo lugar do prêmio Odair Firmino de Solidariedade, desenvolvido pela
Cáritas Nacional, com o projeto Convivência com a Realidade Semiárida,
promovendo o Acesso a Água, Solidariedade e Cidadania. O valor do prêmio R$
5.000,00(cinco mil reais), esse recurso só foi repassado para o CEPFS no final
do ano de 2011. Com esse recurso a entidade realizou dois encontros de
capacitação sobre a dinâmica dos Fundos Rotativos Solidários e, recentemente,
construiu, em parceria com o Fundo Rotativo Solidário da comunidade Riacho
Verde, 02 cisternas com sistema de boia para lavagem do telhado e bomba d’água trampolim.
As famílias beneficiadas destacam alguns elementos, importantes, em relação à melhoria da qualidade de vida proporcionada
pela construção das cisternas:
Jacilene Alves da Silva destaca que algumas plantas que tem
no quintal de casa já estavam morrendo em decorrência da falta de água por
conta da grande seca que se abate sobre a região. Com a chegada da cisterna,
embora não tenha chovido suficiente para captar água, com as economias da
família tem sido possível comprar água, através de carros-pipa e colocar na
cisterna. Isso vem permitindo o abastecimento humano e também socorrer algumas
plantas no quintal através da irrigação por meio de garrafas pet. “Agora eu
tenho um lugar para colocar água e isso mudou muito a minha vida”, destaca Jacilene Alves da Silva “Antes dessa cisterna
que consegui, através de prêmio que o CEPFS conquistou, eu ia pegar água em um
poço amazonas na propriedade do Sr. Solon Arruda, liderança da nossa comunidade”.
“O poço não é longe, mas, agora com a cisterna eu tenho água na minha porta”. “Com
isso economizo bastante tempo que é
usado em outras necessidades da minha vida e da minha família”. “A cisterna foi
uma benção”. Marlene Ramos Soares
diz que a cisterna mudou muita coisa em sua vida. Ela destaca que a principal mudança é que irá permitir a realização de um sonho:
desenvolver atividades na pequena terrinha que comprou. “Moro na cidade, mas,
meu sonho é voltar para a zona rural, por isso comprei um pequeno pedacinho de
terra”. “Mas, sem a cisterna não era possível ficar, sequer, no final de semana
no sítio porque não tinha água para beber, preparar os alimentos, etc.”. Agora
já tenho água. Não foi captada da chuva porque este ano estamos vivendo uma
grande seca na região. “Agora estou feliz
porque já tenho um lugar na porta de casa para armazenar água, seja da chuva ou
comprada”. “Depois que concluímos a construção da cisterna comprei um carro-pipa
d’água e agora já posso dizer que tenho água, na porta de casa, para o consumo
humano, mas, também para regar algumas plantas que plantei ao redor de casa
para melhorar o clima”.