Renalle Benício
Comunicadora Popular/CEPFS
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Agricultoras da comunidade Catolé, Desterro. Foto: Renalle Benício |
A Central das Associações Comunitárias do Município de Cacimbas e Região (CAMEC) em
parceria com a Ação Social Diocesana de Patos (ASDP), o Centro de Educação
Popular e Formação Social (CEPFS) e a Cáritas, realizou no último domingo (24),
na comunidade Monteiro, no município de Cacimbas-Paraíba, a “Feira
Agroecológica Solidária, Semeando e Colhendo Vidas no Semiárido”, com o lema: Quem
disse que não temos nada para oferecer?
Participaram
do evento, agricultores e agricultoras dos municípios de Tavares, Juru,
Imaculada, Maturéia, Teixeira, Desterro e Cacimbas, representantes de organizações
sociais e do governo municipal.
Agricultores
e agricultoras levaram para a feira uma diversidade de produtos agroecológicos,
tinha legumes, verduras, frutas, hortaliças, sementes. Entre os alimentos mais
produzidos destacam-se as hortaliças.
A
produção agroecológica tem garantido segurança alimentar e renda para as
famílias, que a partir do acesso a água através de reservatórios de captação e
armazenamento de água para a produção de alimentos, a exemplo das cisternas de
enxurrada e cisternas calçadão, passaram a produzir o seu próprio alimento e a
vender o excedente.
Com
a comercialização dos produtos, além da geração de renda, agricultores e
agricultoras também estão ofertando a outras pessoas a oportunidade de
consumirem alimentos saudáveis, sem agrotóxicos.
Na
feira, os participantes também tiveram a oportunidade de comprar mudas de
plantas, produtos artesanais e uma variedade de queijos, doces e bolos.
A
agricultora Maria Alves, da comunidade Fava de Cheiro, Teixeira, falou sobre a
importância do evento “foi um espaço
muito importante para divulgação dos nossos produtos e também um momento de
divertimento e troca de conhecimento com outros agricultores e agricultoras”.
Durante
a feira também houve o lançamento do vídeo documentário do projeto “Sertão
Ecológico e Solidário”, realizado pelo CEPFS, apresentação de peças de teatro
sobre agroecologia feita por alunos da Escola João Heleno de Maria, realização
de um bingo e muito forró.
O
trabalho das organizações sociais, aliado a execução de projetos e programas como
o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação do Semiárido (ASA) tem sido
grandes colaboradores com o desenvolvimento das iniciativas dos agricultores e
agricultoras. Através do P1+2 muitas famílias tiveram acesso as tecnologias
sociais de captação e armazenamento de água para a produção de alimentos.
Anchieta
de Assis, representante da Coordenação Executiva da Articulação do Semiárido
Paraibano fez sua avaliação sobre o evento “na
feira, tivemos a oportunidade da perceber a riqueza e a diversidade que agricultores
e agricultoras vem cultivando no semiárido. Diversidade de verduras, sementes,
queijos, doces. A partir desta amostra poderemos pensar na possibilidade de em
alguns municípios, o excedente de produção viabilizar feiras semanais ou
quinzenais de produtos agroecológicos da agricultura familiar. Foi uma
iniciativa válida"!
A
feira agroecológica foi um espaço para dar visibilidade as iniciativas de
agricultores e agricultoras que constroem um sertão agroecológico. E quem pensou que agricultores e agricultoras
não tinham nada para oferecer, saiu de lá encantado.
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