Entrevistada: Marlene Holanda Luiz,
beneficiária do projeto Convivência com a Realidade Semiárida, apoiado Pela
Inter-American Foundation - IAF
Número de
pessoas que moram na residência: 04
Comunidade: Cipó
Município: Cacimbas - PB
Município: Cacimbas - PB
Entrevistadora: Jéssica Lira, jornalista, Coordenadora
pedagógica do Projeto "Convivência com a Realidade Semiárida, Socializando
Saberes".
- O que está representando o apoio do CEPFS,
através da parceria com a IAF, para a vida da sua família?
Marlene
Está representando muita coisa, inclusive, está
realizando meu maior sonho: ter água disponível para aguar minhas plantas, pois
eu adoro plantar tanto plantas medicinais como ornamentais, e também fazer
canteiros. E como eu gosto de criar bicho, aqui a gente sofria muito com os
animais, mas, agora eu tenho a esperança que vai chover, a cisterna vai encher
e nunca mais eu vou sofrer pela falta de água.
- Com isso, nós podemos até destacar a questão da
qualidade de vida, que com certeza a partir deste projeto vai melhorar muito!
Marlene
Com certeza. Inclusive o pessoal daqui está se
mudando muito para a cidade, devido à falta de água, e até mesmo eu já tinha
pensado antes, mas, agora depois desse projeto jamais eu vou sair daqui, porque
aqui está ficando tudo organizado, como você está vendo. Melhorias para os
animais e para a família principalmente.
- Sua família já tinha conseguido outro apoio
através de algum projeto, ou este é o primeiro?
Marlene
Já tinha conseguido sim, pois eu já tenho a
cisterna de água para beber que foi feita há muito tempo através das
associações, e foi de grande importância.
- Sua família já tendo sido beneficiada
anteriormente com outro projeto. Como você pode estabelecer a diferença entre
um e outro?
Marlene
Eu vejo que há tempos atrás as coisas eram muito
mais difíceis. E agora o projeto é maior, melhor, e beneficia várias coisas,
não só nos ajudando com a cisterna, pois tem a cerca dos animais e o
galinheiro, onde eu penso em fazer uma granja, e para mim vai ser muito
importante.
- Quais as dificuldades encontradas agora,
durante esta realização?
Marlene
No momento a maior dificuldade que estou enfrentando é com o processo de
construção da cisterna. Como não água eu tive que comprar vindo de Desterro, hoje
mesmo está quase acabando a que tem aí. Próxima semana já tem que comprar de
novo, e também a questão de areia que não tinha e teve que vir de fora. Foram
muitas dificuldades, e para conseguir uma coisa sabemos que é difícil, mas
temos mais é que lutar.
- Você falou na questão da vida em comunidade, da
participação nas associações. Como você poderia avaliar esta participação?
Marlene
Tem muitos pontos positivos, principalmente aqui
na comunidade Cipó. O Fundo Rotativo Solidário aqui está bem organizado, e
quando alguém precisa é possível se beneficiar do dinheiro, de acordo com o
grupo. O bom é que as pessoas também estão com uma visão bem diferente da
associação, porque antes eles estavam desestimulados, mas depois destes
projetos estão tendo interesse em procurar saber como se consegue.
- Para finalizar, eu pediria para que você
deixasse uma mensagem para outras pessoas que possam vir a ser beneficiadas com
esse projeto.
Marlene
Que as pessoas nunca desistam da associação, que
contribuam e colaborem com o Fundo Rotativo Solidário, que é muito importante.
Inclusive eu sempre friso nas associações para que devolvam o dinheiro que
pertence ao fundo, pois estamos conseguindo ficar cada vez mais independentes
dos políticos. Como estamos em um ano eleitoral, os políticos gostam muito de
aproveitarem estas situações, e como todos estão se organizando e muita gente
hoje tem sua água para beber (só não no momento, porque não choveu), e sendo
assim estão tendo independência. Isso tudo se dá graças às associações e aos
projetos que estão vindo através delas.
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